domingo, 16 de abril de 2017

Senador Zé Medeiros usou cota em Hotel de Luxo e Boate

Senador Zé Medeiros usou cota em Hotel de Luxo e Boate

Jornal Folha de S.Paulo, divulgou nesta segunda-feira (06) que o senador José Medeiros (PSD) gastou R$ 2.400 da cota parlamentar em um hotel de luxo em Natal (RN), além de outros R$ 400 em uma boate.
O jornal destaca que Medeiros disputou a presidência do Senado, contra Eunício Oliveira (PMDB/CE), dizendo defender a “moral e da honra”.
"O senador afirma que 'não põe férias na conta da Casa'. Diz que prefere hospedagens bem localizadas, mas 'procura não exorbitar' no gasto. A boate, sustenta, era o único local para comer aberto no horário", disse ao jornal.

A fraude no documento e a falsificação em favor do Jose Medeiros

Ata da convenção do PSDB teria sido fraudada para tirar 
Fiúza da primeira suplência de Pedro Taques.

Da Redação
Nortão Noticias

Após ser inquirido pelo Juiz José Luiz Braszak, membro do TER/MT e relator do processo nº 794.2001.611.0000, o suplente de senador Paulo Fiúza, em manifestação enviada à Justiça, declarou que não reconhece como autêntica a ata de alteração de candidaturas a qual além de ter sido fraudada, teve também várias assinaturas falsificadas conforme laudo pericial.
A intimação de Fiúza pela Justiça Eleitoral deve-se em decorrência de uma ação movida pelo ex-candidato Carlos Abicalil na época, que ao tomar conhecimento das “falcatruas“ acionou o judiciário para tentar caçar o registro de candidatura de Pedro Taques e seus suplentes.
Segundo declarações de Abicalil, a ação foi impetrada a partir de declarações do presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, feita em 2010, de que a ata poderia ser falsificada. Na hipótese de a ação ser deferida, Abicalil seria o substituto natural, já que ficou em terceiro lugar, atrás de Blairo Maggi (PR) e de Pedro Taques (PDT).
Na ação, consta que a coligação teria mantido a última página, onde estariam as assinaturas de Taques e de seus suplentes, e mudado as primeiras folhas. No documento original, Fiúza seria o primeiro suplente e Medeiros, o segundo. Porém, na ata supostamente falsificada, Medeiros aparece na primeira suplência
Na ocasião, o caso gerou polêmica. Medeiros chegou a afirmar ter sido ameaçado por uma pessoa supostamente ligada ao segundo suplente e obrigado a assinar documentos que autorizavam a Justiça Eleitoral de Mato Grosso a fazer uma "troca" das suplências. Fiúza por sua vez, nega que teria praticado tal ameaça. Prova disto seria o senador Pedro Taques e o deputado Valtenir Pereira.
Em entrevista ao Nortão Notícias na tarde de quinta-feira (07), Paulo Fiúza declarou que a fraude na ata partiu de membros das direções partidárias da coligação “Mato Grosso Melhor Pra Você” (PSB, PPS, PDT e PV) e seus advogados, que estavam encarregados pela documentação da campanha majoritária de 2010 e que um dos motivos disto teria sido tirá-lo da primeira suplência de Pedro Taques na chapa majoritária. “Desde o primeiro momento que fui convidado para fazer parte da chapa de Pedro Taques era para ser candidato a primeiro suplente. Tanto é que nas atas da convenção do PV consta que o partido indicaria o primeiro suplente e que o PDT indicaria o segundo suplente de senador, já nominado Zeca Viana. Ocorreu que nas últimas horas, na correria, foram invertidos os suplentes, ficando Viana em primeiro e eu em segundo. Na ocasião, em reunião estavam presente além do Paulo Taques, o próprio Pedro Taques, Aluízio Leite e Estopa do PV, Mauro Mendes, Percival Muniz, Otaviano Piveta, Zeca Viana, o Dorte (José Carlos Dorte) representante da Coligação. Naquele momento solicitei que esse erro fosse concertado e Paulo Taques disse que faria isso. Neste ínterim o Viana decidiu renunciar a candidatura de segundo suplente a senador e ser candidato a deputado estadual. Diante disso foi feito uma nova ata pedindo a Justiça para que eu passasse a primeira suplência e indicando o segundo suplente Medeiros (José Antônio Medeiros)” na vaga aberta, declarou.

A descoberta da Fraude:

Segundo Fiúza, ele descobriu que tinham ocorrido as falsificações das assinaturas e adulteração da ata de convenção após ter recebido a mesma, por e-mail, do escritório do advogado Paulo Taques. “Ao comparar as atas descobri que algumas assinaturas foram adulteradas. Procurei algumas pessoas que tinham nomes no documento e constatei o ocorrido, já que vários deles também não tinham assinado. Na época solicitei uma perícia criminal e foi constatado que as assinaturas eram falsas. Todas as pessoas da nossa coligação tiveram conhecimento disto já que tiveram acesso ao laudo pericial”, declarou o suplente. “
Apesar do escritório do advogado Paulo Taques, homem de confiança do senador Pedro Taques, ter sido o responsável pela organização jurídica da documentação da coligação, dentre os quais ocorreram às falsificações das atas, Fiúza não acredita que o senador teve envolvimento nas falcatruas. “Acredito que ele (Pedro Taques) não tem participação nenhuma neste episódio. Isto aí deve haver outros interesses, de outros partidos, ou pode ter sido um erro ocasional, ou naquela pressa, como disse o advogado do Pedro Taques, que uma assinatura, duas ou três erradas não tem problema. Agora eu não penso assim. Uma assinatura errada, uma rubrica falsificada o documento todo está comprometido”, declarou.
Segundo Fiúza, a primeira ata, mesmo errada quanto a ordem dos nomes nas vagas de suplentes onde ele figurou em segundo, estava correta com todas as assinaturas. “Na segunda ata, onde houve as substituições dos nomes é que houve a falcatrua”, esclareceu. Além de falsificar assinaturas o texto da ata foi adulterado, mediante a exclusão do item nº 06 do texto:[Pedido de encaminhado pelo candidato a segundo suplente de Senador, senhor Paulo Pereira Fiúza Filho, manifestando se interesse em concorrer ao cargo de Primeiro Suplente de Senador na vaga abertas com a Renúncia do senhor José Antonio Gonçalves Viana] “Eu não posso compactuar com uma fraude. Eu nunca me manifestei publicamente sobre esse assunto, mas fui forçado a isso pela ação judicial. Então eu não iria me defender dizendo que aquilo estava tudo certo, porque não está”, disse Fiúza.

Fraude também atingiu outro registro de candidatura

Com a desistência do então candidato a senado na época, Aluízio Leite (PV), na chapa de Pedro Taques (PDT), o novo candidato substituto Naldo da Silva Lopes (PV), também teve a assinatura falsificada no requerimento de registro de candidatura enviado ao TRE/MT época.
Ele negou ter tido qualquer envolvimento e conivência com o ocorrido na época e por conta disso dispensou os advogados que estavam cuidando da documentação da candidatura por suspeitar envolvimento dos mesmos no esquema.

Interesses Escusos 

Por traz de toda tramoia arquitetada por caciques políticos e advogados para tirar de Fiúza a vaga de primeiro suplente, fica claro que esta é um acordo político para a eleição de 2014, onde o senador Pedro Taques é nome certo na disputa pelo governo do estado. Para manter o apoio de PPS e Muniz a vaga de primeiro suplente deveria mesmo ficar com Medeiros (PPS) que poderá assumir por algum período.
Contudo, na época Fiúza era um nome estratégico para o projeto político do Senador, já que era de Sinop e do Nortão, um importante colégio eleitoral ao qual Taques não tinha praticamente acesso, já que antes da campanha eleitoral se quer conhecia a região.
Daí prometeram a primeira suplência ao empresário mais, nos bastidores, deram um jeito de passar uma rasteira em Paulo Fiúza, adulterando a Ata a provocando toda essa celeuma.

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Suplente "do acaso" assume vaga se Taques for eleito

O suplente de Taques é nordestino de Caicó, 
formado em Matemática e Direito, e presidente 
do PPS de Rondonópolis

Por: JORGE MACIEL
Fonte: Diretor de Redação

Perto de quatro anos da sua primeira eleição, o senador Pedro Taques (PDT), candidato à sucessão estadual, teve muitas coisas em mente e tarefas no Congresso Nacional, mas nunca se interessou em apresentar aos seus eleitores o seu primeiro suplente no Senado.
Ele é José Antônio Medeiros (PPS), um patrulheiro rodoviário de 44 anos, nascido em Caicó (RN), com aparência juvenil, que nunca exerceu cargo público eletivo. Caso Taques seja eleito governador, Medeiros será contemplado com a posição de senador por Mato Grosso, sem que tenha feito, na campanha, em 2010, uma só visita aos eleitores dos municípios Estado, exceto pequenas concentrações e comícios em Rondonópolis, onde reside.
O primeiro suplente, “um sonoro desconhecido e um suplente do acaso” – como propriamente se define, se assusta com a possibilidade, confirmada a eleição de Taques, ter que se ater com medalhões da Casa, como Pedro Simon e Paulo Paim (RS), Roberto Requião (PR) Aloísio Nunes (SP), Fernando Collor (AL), Jarbas Vasconcellos (PE), Romero Jucá (RR), na atualidade, ou por onde passaram Bernardo Cabral, José Serra, Tasso Jeressati, Darci Ribeiro entre tantos.
_“Não lembro bem como fui parar na chapa”, disse ele ao O DOCUMENTO na manhã desta quarta-feira 6, frisando que iria com segurança pois “acredito na renovação e na ideia de que o Senado precisa de uma oxigenação”.
O suplente do senador Taques exerce atualmente a presidência do PPS em Rondonópolis, é formado em matemática e Direito e tem a educação com principal bandeira. “Quero trabalhar para que a educação seja priorizada na marcha de desenvolvimento do Estado com o agronegócio”, afirmou ele.
José Antonio Medeiros chegou à condição de primeiro suplente ao Senado por indicação do atual prefeito Percival Muniz (PPS) em uma situação complicada e com distensões internas que levaram a chapa do Senado/2010, encabeçada por Taques, com o empresário Paulo Fiúza (PV), como primeiro suplente, e José Antônio (PPS), como segundo suplente, às barras da justiça. Na verdade, Medeiros substituiu Zeca Viana (PDT), que desistiu de figurar no bloco, na época.

Policial rodoviário aguarda com ansiedade a posse

Quando foi feito o registro na justiça eleitoral aconteceu um detalhe, tido depois como descuido, grave: Antônio de Medeiros foi registrado como primeiro suplente e não Paulo Fiúza, que foi para o rodapé da chapa. Na ocasião, Fiúza bufou fogo, foi procurar seus direitos, mas perdeu em primeira esfera judicial e terminou desistindo da luta. José Antonio Medeiros foi oficializado primeiro suplente, então, é, legalmente, o “sucessor” de Taques no Senado. Nestes três anos, nunca foi mencionado e não assumiu o cargo em nenhuma ocasião.

Reforma política/ Suplência

Tramita no do Senado a proposta de emenda à Constituição para desmembrar a candidatura de suplente de senador da candidatura do titular. No ano passado, a proposta que reduzia o número de suplentes de senador (PEC 37/11) foi rejeitada. A proposta, de autoria do senador José Sarney (PMDB-AP), ainda proibia a eleição para suplente de cônjuge ou parente consanguíneo ou afim do titular do mandato, até o segundo grau ou por adoção.

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sexta-feira, 14 de abril de 2017

Elizeu Dionizio e seu Pai são investigados por enriquecimento ílicito

Elizeu Dionizio ta dificil saber o partido, ele troca uma vez por ano

O Ministério Público Estadual apura evolução patrimonial irregular ou seja enriquecimento ilícito do Vereador Elizeu Dionizio (SDD) e seu Pai, o Pastor-Líder da Assembléia de Deus, Antonio Dionizio da Silva. Na investigação consta que ambos desviaram quantias vultuosas da Igreja Evangélica Assembléia Deus Missões.
Elizeu Dionízio se tornou “conhecido” no embate travado com o prefeito cassado Alcides Bernal (PP). Fora a devassa que ele e seu Pai sofrem do MPE-MS, Dionízio também foi investigado após surgirem denuncias na internet, que ele teria recebido recursos irregulares da Câmara de Vereadores de Campo Grande. A empresa NETESER LTDA, segundo reportagem da TV Morena, teria prestado serviços a Câmara Municipal com anúncios de publicidade. O vereador possuía na época 50% das ações da empresa contratada.
No mês de junho de 2013, a empresa NETESER LTDA recebeu R$ 1.440 pela campanha publicitária da Câmara de Vereadores. Em julho recebeu R$ 1.760 por outra campanha publicitária. Após apuração da TV Morena, foi descoberto que as campanhas publicitarias foram vinculadas no jornal evangélico, Boa Noticia, de propriedade da NETESER LTDA. O jornal tem a ideia de informar os atos e ações da Igreja Assembleia de Deus Missões. Elizeu Dionízio faz parte dessa igreja, o pai é presidente da publicação.

Mulher de Elizeu Dionízio teria feito
 “viagem fantasma” com dinheiro público

Juliane Chaia Dionizio teria feito uma viagem entre os dias 25/03 e 26/03 de 2013 de Campo Grande a Belo Horizonte. Juliane teria ido a um Congresso Médico com passagens pagas pelo Governo do Estado do MS. O que chama a atenção é o fato de que nessa data “nenhum” congresso aconteceu na capital mineira.
Juliane Dionizio é funcionária da Santa Casa e da Prefeitura Municipal de Campo Grande, aonde atende como médica plantonista. Ela é também legista da Secretária de Segurança Pública.

CPI do Calote que levou a cassação de Alcides Bernal (PP)

O Relator da CPI, foi chefe de gabinete do ex Vereador e agora Deputado Estadual, Lídio Lopes. Lopes, Elizeu Dionizio e seu pai, o Pastor Antonio Dionizio “não são bem vistos” pelos “assembleianos”. Dizem, que em época de campanha eleitoral, o trio usou a infra estrutura eclesiástica para “angariar fundos e votos”.

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Empresário, denunciado por corrupção, doou R$ 35 mil ao deputado Elizeu Dionizio

Empresário, denunciado por corrupção, doou R$ 35 mil ao deputado Elizeu Dionizio

O empresário Evandro Simões Farinelli, preso na manhã desta segunda-feira (15) por suposta participação no esquema de lavagem de dinheiro, crime que levou também à prisão o ex-prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros), sua mulher Andréia Olarte e o corretor de imóveis, Ivamil Rodrigues de Almeida, foi um dos principais financiadores da campanha eleitoral do deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB), em 2014.
Evandro Farinelli, dono da Chassi Automotivo, que atua em balanceamento de carros, contribuiu com a campanha de Elizeu de duas maneiras: R$ 25 mil por meio de sua empresa e ainda como pessoa física, desembolsando R$ 10 mil.
De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a campanha de Elizeu Dionizio custou R$ 494.493,00.
Além do empresário preso na manhã desta segunda-feira (15), quem mais ofertou ajuda ao deputado tucano foi o empresário Antônio Celso Cortez, com R$ 157 mil.
Cortez é dono da empresa de informática, a PSG Tecnologia, uma das citadas na Operação Lama Asfáltica e que teria ligação com o empresário João Baird, que responde na Justiça por uma ação de improbidade administrativa proposta pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual), junto com o ex-governador André Puccinelli (PMDB), por supostas irregularidades durante a gestão peemedebista.
A reportagem tentou falar com o deputado federal, por telefone celular, mas não conseguiu. Recado foi deixado no aparelho do parlamentar, que não retornou à ligação até a publicação deste materia

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MPE admite que Rose Modesto e Elizeu Dionizio não escaparam da Coffee Break

Rose Modesto vice Governadora do Mato Grosso do Sul (PSDB)

Após pressão pela omissão de alguns nomes envolvidos na Operação Coffee Break, fonte ligada ao MPE (Ministério Público Estadual) confirmou à imprensa na tarde desta quinta-feira (2) que a vice-governadora Rose Modesto (PSDB), o deputado federal Elizeu Dionízio (PSDB) ainda não 'escaparam' da investigação sobre o suposto golpe para tirar Alcides Bernal (PP) do cargo de prefeito.
Além da pré-candidata do PSDB à Prefeitura de Campo Grande e do deputado federal tucano, que tem foro privilegiado, continuam implicados a deputada estadual Antonieta Amorim, os vereadores Carla Stephanini e Vanderlei Cabeludo, todos do PMDB, além de Coringa, do partido de Marquinhos Trad (PSD).
A situação deles ficou envolta em mistério e causou pressão entre juristas e até denunciados depois que tiveram os nomes omitidos em documento oficial distribuído à imprensa durante coletiva na última terça-feira (31) com o procurador-geral de Justiça, Paulo Cezar dos Passos. No papel, foram listados 24 denunciados com detalhamento inclusive dos crimes tipificados.
A liberação da denúncia para a defesa dos implicados, no entanto, só deve acontecer no final desta sexta-feira (3). Na Operação Coffee Break, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) apurou suposta compra de votos para a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.
Nas investigações, Rose Modesto, que era vereadora, foi flagrada demonstrando intimidade com Gilmar Olarte, vice de Bernal que ficou com o cargo após a cassação e foi denunciado por associação criminosa e corrupção. Ela também seria investigada por realizar negociação com fornecedores da Prefeitura na gestão de Olarte. Durante as investigações, ela foi eleita vice-governadora com Reinaldo Azambuja (PSDB).
Já Elizeu Dionízio foi relator da CPI que serviu de motivo para a Câmara Municipal iniciar o processo de cassação de Bernal e, durante o tempo em que as investigações se arrastaram, foi eleito deputado federal. A legislação brasileira ainda garante foro privilegiado a diversos cargos públicos e, por isso, a denúncia contra ele ficará a cargo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot caso haja autorização do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Na realidade, tem vários que estão sendo objetos... O Ministério Público determinou a continuidade das investigações... porque não existem indícios suficientes. Em relação a pessoas com foro e prerrogativa de função, que não seja o Tribunal de Justiça, nós não podemos investigar e devemos encaminhar ao foro competente”, respondeu Passos.Durante a entrevista coletiva, Passos foi questionado pela reportagem do Jornal Midiamax sobre tais nomes que não estavam inclusos na lista de denunciados, o procurador no entanto não citou os parlamentares e a vice-governadora em momento algum, limitando-se a dizer que haviam mais pessoas.
Ante a insistência da reportagem sobre os nomes de Rose e Elizeu, o Procurador-Geral recém nomeado por Reinaldo Azambuja repetiu a resposta: “Todos os demais que não foram investigados... há uma decisão no bojo do processo determinando prosseguimento dessa investigação (?). Em relação a outros atores que não foram denunciados, o Ministério Público determinou o desmembramento dessa investigação para que possa ser coligida... é... coligidas novas provas a fim de que possamos formar um convencimento definitivo da existência ou não da prática de crime”.
A ausência dos nomes na lista divulgada pelo MPE causou estranheza não só a advogados e denunciados na Operação, como também ao próprio prefeito. Em evento realizado nesta quarta-feira (1º) Bernal disse que 'pessoas importantes' ficaram fora. Ele, no entanto, afirmou que continua confiante na Justiça e em órgãos como o MPE-MS sobre o desfecho.
A investigação foi conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), responsável pelo trabalho de apuração, liderada pelo promotor Marcos Alex Vera. Nenhum pedido de prisão ou afastamento foi feito, sob alegação de que, nesta fase, não há mais essa necessidade.

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O Deputado Elizeu Dionizio do PSDB de Mato Grosso do Sul

Repórter desmascara atual deputado Elizeu Dionizio federal (PMDB/PSDB)

Repórter desmascara atual deputado Elizeu Dionizio federal (PMDB/PSDB)

O deputado federal Elizeu Dionízio, que teve passagem melancólica como vereador da Câmara Municipal de Campo Grande, é verdadeiramente contumaz em se envolver em situações embaraçosas e ilícitas.
Mesmo assim, desempenha atualmente o mandato de deputado federal, na condição de primeiro suplente, vez que o titular, Marcio Monteiro, está afastado, ocupando o cargo de secretário de estado da Fazenda do atual governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.
De acordo com o Ministério Público Estadual, Elizeu Dionizio está sendo investigado pela Operação Coffee Break do Gaeco, que apura o envolvimento de vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande num gigantesco esquema de corrupção e propina para burlar o resultado das eleições de 2012, cassando o mandato do prefeito Alcides Bernal.
Antes porém, ainda quando vereador, Elizeu Dionízio já havia sido flagrado em situação de ilicitude, de modo que, se as instituições funcionassem com celeridade e denodo, fatalmente há muito tempo teria tido seus direitos políticos cassados e, possivelmente, estaria preso, tamanha a gravidade de sua falcatruas.
No vídeo juntado no final da matéria, a TV Morena, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul, numa das raras vezes em que prestou um serviço de qualidade para a população, conseguiu um documento onde uma empresa de propriedade do então vereador aparece como beneficiária de serviços de publicidade prestados para a própria Câmara. Uma completa ilegalidade.
A lei orgânica municipal, com base na Constituição Federal, em seu artigo 27, é clara no sentido de que os vereadores não poderão, desde a expedição do diploma, firmar ou manter contrato com órgão públicos.
Entrevistado, o patético parlamentar disse que a empresa não era mais de sua propriedade. Neste momento, foi apresentado pelo repórter uma certidão demonstrando que Elizeu Dionizio estava mentindo. A reação, o desconcerto e o constrangimento do espertalhão é vexatório.

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Assista o vídeo
da Redação

O Senador Waldemir Moka do PMDB

O Senador Waldemir Moka do PMDB

Waldemir Moka Miranda de Britto (Bela Vista, 10 de outubro de 1951) é um médico, professor e político brasileiro. Representa o PMDB como Senador da República pelo estado de Mato Grosso do Sul com mandato de 2011 a 2019.
Graduou-se em medicina pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, onde, em 1976, exerceu a presidência diretório acadêmico da faculdade de medicina. Mais conhecido como Moka, é divorciado e pais de três filhos.
Desde 1978 é filiado ao PMDB. Foi vereador de Campo Grande entre 1982 e 1986, deputado estadual por três mandatos consecutivos, de 1987 até 1998 foi deputado federal por três mandatos. Foi eleito senador em 2010 pela coligação Amor, Trabalho e Fé, tendo como suplentes Antonieta Amorim, deputada estadual (eleita 2014) e Gino José Ferreira.
Em 2016, fez parte da Comissão Especial de Impechment do Senado Federal, que julgou a residente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade.

Controvérsias:

Votou pela recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF, com o nome de Contribuição Social para a Saúde - CSS. Na ocasião, por apenas três votos, o imposto que inicialmente era provisório, foi mantido. Votou a favor da suspensão da CPI do apagão aéreo em 2007.

terça-feira, 11 de abril de 2017

A desmoralização dos pitbulls da grande mídia

Alberto Cantalice 
Foto: Arquivo PT

Três vezes derrotados nos pleitos presidenciais, por Lula e Dilma e o PT, os setores elitistas albergados na grande mídia, ao se verem na iminência do quarto revés eleitoral, foram ao desespero.
Diuturnamente lançam vitupérios, achincalhes e deboches contra os avanços do país visando desgastar o governo federal e a imagem do Brasil no exterior. Inimigos que são das políticas sociais, políticas essas que visam efetivamente uma maior integração entre todos os brasileiros, pregam seu fim.
“A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil”.
Profetas do apocalipse político, eles são contra as cotas sociais e raciais; as reservas de vagas para negros nos serviços públicos; as demarcações de terras indígenas; o Bolsa Família, o Prouni e tudo o mais.
Divulgadores de uma democracia sem povo apontaram suas armas, agora, contra o decreto da Presidência da República que amplia a interlocução e a participação da população nos conselhos, para melhor direcionamento das políticas públicas.
Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.
Os arautos do caos, prevendo e militando insistentemente pelo fracasso do mundial – tendo, inclusive, como ponta de lança a revista Veja previsto que os estádios só ficariam prontos depois de 2022, assistem hoje desolados e bufando à extraordinária mobilização popular e ao entusiasmo do povo brasileiro pela realização da denominada, acertadamente, de a Copa das Copas.
O subproduto dos pitbulls do conservadorismo teve seu ápice nos xingamentos torpes e vergonhosos à presidenta Dilma na abertura da Copa, na Arena Corinthians. Verdadeiro gol contra, o repúdio imediato de amplas parcelas dos brasileiros e brasileiras ao deprimente espetáculo dos vips demonstra que a imensa maioria da população abomina essa prática.
Desnudam-se os propagadores do ódio. A hora é de renovar as esperanças e acreditar no Brasil!


Alberto Cantalice é vice-presidente nacional do PT e coordenador das Redes Sociais do partido

domingo, 12 de março de 2017

Vereador do DEM que esbofeteou jornalista ganha "eleição" e se torna secretário

Vereador que esbofeteou jornalista ganha "eleição" e se torna secretário

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni
06 Fev 2013 - 16:05

O prefeito de Pontes e Lacerda (455 km de Cuiabá), Donizete Barbosa do Nascimento, o Donizete da Len (PPS) em tentativa de se livrar do ônus de nomear o ex-vereador cassado Lourivaldo Rodrigues de Morais - vulgo Kirrarinha (DEM) para secretário de Desporto e Lazer, criou uma maneira de isentar-se da nomeação. Barbosa indica três candidatos e a classe desportista vota naquele que julgar mais capaz.
O simulacro de processo democrático, assim como numa eleição, garante ao mais votado o cargo. Coincidência ou não, ganhou aquele que tinha a preferência do gestor municipal. Em entrevista ao Olhar Direto, Donizete explicou que não tem receio de ter Kirrarinha como secretário. 
“Ele foi escolhido por meio de um processo eleitoral, e não cabe a mim julgar seu passado; sei que eles teve alguns problemas com a justiça, mas ele é um homem competente e se ele não cumprir com suas atribuições eu tenho a caneta para exonera-lo”, diz o prefeito.
Kirrarinha ficou famoso por ter agredido, no nem tão distante ano de 2010 a jornalista Márcia Pache, quando esta tentava entrevistar, no Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Pontes e Lacerda o vereador Kirrarinha. 
À época Kirrarinha, candidato a deputado estadual pelo DEM, já carregava nas costas um tonel de casos de polícia. A jornalista indagou o que ele tinha alegado em sua defesa, numa das muitas vezes que teve que se explicar para a polícia. A resposta veio em forma de uma bofetada, ato que o colocou em destaque nas principais mídias nacionais. 
Em coluna, a revista Veja repercutiu a eleição de Kirrarinha. “....Graças à conivência dos homens da lei e à lentidão paquidérmica dos tribunais, Kirrarinha aguarda em liberdade o desfecho dos processos que protagoniza. Agora no papel de secretário de Esporte, o especialista em nocaute de jovens indefesas vai ajudar o prefeito a manter a cidade no noticiário político-policial”.

Consolo:
Após ter sido execrado pela mídia nacional, Kirrarinha foi agraciado por seu partido, o DEM, com a presidência do diretório municipal de Pontes e Lacerda. Pela retribuição ao apoio do DEM na eleição de Donizete (os dois partidos compuseram a coligação ‘Pontes e Lacerda Para Todos’), a administração local o indicou e a classe desportista corroborou seu pregresso político e social com a entrega da Secretaria de Esporte ao vereador cassado.

Kirrarinha já é identificado no site da prefeitura como novo secretário

Vereador de Mato Grosso do Sul (DEM) agride jornalista

segunda-feira, 6 de março de 2017

Ainda somos os mesmos



O Brasil ainda vivia sob a ditadura militar quando o Partido dos Trabalhadores (PT) foi fundado. Em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion (SP), o PT surgiu com a necessidade de promover mudanças na vida de trabalhadores da cidade e do campo, militantes de esquerda, intelectuais e artistas.
Foi em um contexto político, econômico e social marcado por intensas mobilizações que o líder sindical e principal fundador do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se um dos protagonistas da história de luta contra as injustiças existentes no País. E a primeira conquista veio com o reconhecimento oficial do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do PT como um partido político brasileiro, em 11 de fevereiro de 1982.
O PT se tornou, junto com Lula, o maior protagonista da história de luta contra as injustiças existentes no País. Ainda somos os mesmos

Parte do Depoimento de Tarso Genro ao Juiz Sérgio Moro

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

O Governo do PSDB, a Sanepar, a corrupção e a perseguição

Carlos Alberto Richa, do PSDB, Governador do Estado do Parana

  • Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) é uma empresa (uma estatal de economia mista) brasileira que detém a concessão dos serviços públicos de saneamento básico em cidades do Estado do Paraná.
História:
  • O governador do estado Ney Amintas de Barros Braga sancionou a Lei nº4.684 de 23 de janeiro de autorizando o poder executivo a constituir uma sociedade por ações, com a denominação social de Companhia de Água e Esgotos do Paraná (AGEPAR), para promover o saneamento básico do Estado. Em 30 de dezembro de 1963 foi lavrada a escritura pública de constituição da Agepar e seus estatutos sociais, data considerada judicialmente como de fundação da empresa.
A situação do saneamento básico do Paraná era a seguinte:
  • 8,3% da população era servida por rede de água;
  • 4,1% da população tinha rede de coleta e remoção de esgotos;
  • das 221 sedes municipais, 13 possuíam os serviços de água e esgotos e 37 apenas o de água.
A Companhia de Água e Esgotos do Paraná (AGEPAR) teve sua denominação alterada para Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR) no dia 19 de junho de 1964, através da Lei nº4.878. O primeiro diretor-presidente foi Osiris Stenghel Guimarães.
  • O governador Pedro Viriato Parigot de Souza, sancionou o Decreto nº1.194, no dia 30 de dezembro de 1971, incorporando o DAE à Sanepar, que passou a explorar, manter e operar os sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgotos nas cidades de Cambará, Campo Mourão, Castro, Cornélio Procópio, Curitiba, Foz do Iguaçu, Irati, Lapa, Palmeira, Piraí do Sul, Piraquara, Rio Negro, Santo Antônio da Platina, São José dos Pinhais e Siqueira Campos.
O maior acionista é o governo do Paraná, que detém 60% das ações e o principal acionista minoritário é o Consórcio Dominó, formado por capitais nacionais e franceses.

A perseguição:

Vejam aqui os detalhes dos milhões desviados
Nas paginas 02 a 05 e 442 a 452

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Tucanos e governo Temer articulam para “endireitar” a UNE

Para Carina Vitral, governo Temer tenta criminalizar movimento estudantil

  • Jornal GGN - Em debate realizado na noite desta sexta (11), a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, afirmou que o governo de Michel Temer tenta criminalizar entidades do movimento estudantil, já que os estudantes são a principal força de resistência às propostas apresentadas pelo governo.
O Ministério da Educação diz que vai entrar na Justiça para cobrar ressarcimento das entidades em razão das ocupações das escolas. As mobilizações foram utilizadas como justificativa do governo para adiar o Exame Nacional do Ensino Médio para parte dos candidatos.
  • "Temos que disputar essa narrativa. É preciso dizer claramente quem foi que adiou o Enem: foi o Ministério da Educação numa medida precipitada. A atitude do ministro foi política, para colocar estudante contra estudante. Não fomos nós que impedimos o diálogo”, afirmou Vitral.
Da Rede Brasil Atual
Temer tenta criminalizar e sufocar movimento estudantil, 
diz Carina Vitral
Em debate em São Paulo, com Pedro Serrano e Joaquim Pinheiro (MST), líder estudantil acusa estratégia para enfraquecer a principal resistência ao retrocesso proposto pelo governo
por Eduardo Maretti
  • O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realizou, na noite de ontem (11), o debate "O Estado de exceção e a criminalização dos movimentos sociais", com a participação da presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, do jurista Pedro Serrano e de Joaquim Pinheiro, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O coordenador da entidade, João Pedro Stédile, não pôde comparecer.
A presidenta da UNE denunciou a tentativa do governo de Michel Temer de criminalizar entidades como a UNE e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) para, entre outros objetivos, dividir e enfraquecer o movimento estudantil, atualmente o principal protagonista da resistência aos retrocessos e retirada de direitos propostos pelo governo golpista.
  • O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), disse na segunda-feira (7) que o governo vai cobrar judicialmente das entidades estudantis o ressarcimento de prejuízos causados pelas ocupações das escolas, que, segundo ele, foi a causa do adiamento das provas do Enem para parte dos candidatos.
"Temos que disputar essa narrativa. É preciso dizer claramente quem foi que adiou o Enem: foi o Ministério da Educação numa medida precipitada. A atitude do ministro foi política, para colocar estudante contra estudante. Não fomos nós que impedimos o diálogo." Carina disse que a geração atual de estudantes é politizada e madura o suficiente para saber negociar.
  • Prova disso, ressaltou, é o fato de que as ocupações não impediram nem prejudicaram as eleições municipais. "Os estudantes lutam contra Temer, mas são capazes de negociar. Os alunos das ocupações também fazem Enem. Era nosso interesse garantir o Enem e pusemos isso nos manifestos."
Ela lembrou que a PEC 241 (55 no Senado) pode fazer com que o Enem de 2016 seja um dos últimos, já que a medida "congela" gastos em educação por 20 anos. Em protesto na Praça da Sé contra o governo Temer e suas medidas, a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Camila Lanes, fez ontem (11) um alerta ao presidente: "Temer, os estudantes estão indo pra Brasília e vão ocupar as escolas e a cidade contra sua política que pretende destruir o país. Não vai ter limites para a luta dos estudantes, vamos ocupar tudo".
  • No debate do Barão de Itararé, Carina Vitral pediu solidariedade contra a criminalização dos movimentos sociais pelo governo e disse que a responsabilização financeira pode "ser um golpe de morte" para elas. "Que aprendamos com os estudantes secundaristas, com sua pauta ampla e capaz de conquistar a sociedade."
A ativista disse que, se por um lado é preciso reconhecer a vitória do conservadorismo que levou Temer ao poder, por meio do golpe que destituiu a eleita Dilma Rousseff do cargo, por outro "algo está diferente na consciência da população". "Ou abrimos um canal com a sociedade, ou vamos ficar falando sozinhos com nós mesmos."

Pela força:
  • Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP, afirmou acreditar que as medidas de repressão contra movimentos sociais e atos judiciais para intimidar os opositores de Temer tendem a aumentar. "A tendência é essas medidas se expandirem, com mais repressão e mais processos para perseguir pessoas judicialmente."
Para ele, o processo que se desenvolveu no Brasil e culminou com a ascensão do governo atual é um enredo que se disseminou na América Latina, o que os golpes em Honduras (2009) e Paraguai (2012) já anunciaram antes. O impeachment, como golpe político, trouxe medidas de suspensão dos direitos que "fazem parte de um processo para combater 'o inimigo'" eleito pelo Estado neoliberal. "Hoje, os direitos Humanos não servem quando a democracia tem que combater o 'inimigo'. Existe um descumprimento absoluto da Constituição e a produção de processos judiciais de exceção, para criminalizar o opositor. Na América Latina, o agente promotor da exceção é o sistema de justiça."
  • Joaquim Pinheiro, do MST, falou sobre a invasão da Escola Florestan Fernandes, na sexta-feira (11), em Guararema (SP). "É parte do golpe. Talvez seja mais um balão de ensaio, como foi feito na condução coercitiva de Lula."
Para o ativista, "o bloco que deu o golpe continua unificado". Fazem parte desse bloco, segundo ele, "parte da Polícia Federal, parte do Ministério Público Federal, a grande imprensa, principalmente a Globo, e o juiz Moro".
  • Em outro front, destacou Pinheiro, "os golpistas seguem avançando na direção de colocar a conta da crise nas costas do trabalhador, e isso é operado por (Henrique) Meirelles (ministro do Fazenda). E o PSDB, que se tornou ainda mais forte depois das eleições municipais, apresenta o programa do golpe."

domingo, 19 de fevereiro de 2017

E agora Gilmar ? "Celso de Mello valida a nomeação de Moreira Franco"

Tânia Rêgo / Agência Brasil


Carta Capital por Redação — publicado 14/02/2017 17h54, última modificação 14/02/2017 18h27
Mencionado 34 vezes em uma única delação, o peemedebista poderá assumir a Secretaria Geral da Presidência e terá foro privilegiado


Com o novo posto...
O “Angorá” das planilhas da Odebrecht só poderá ser julgado pelo STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu nesta terça-feira 14 liberar a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria Geral da Presidência, recriada por Michel Temer no início do mês para abrigar um de seus principais aliados, alvo da Operação Lava Jato. 
Em sua decisão, Mello considerou que não houve desvio de finalidade na indicação por parte de Temer, ou seja, que ele não indicou Moreira Franco para conceder a este status de ministro. "A nomeação de alguém para o cargo de Ministro de Estado, desde que preenchidos os requisitos previstos no art. 87 da Constituição da República, não configura, por si só, hipótese de desvio de finalidade", afirma o ministro em sua decisão.
Mello não considerou a decisão de Gilmar Mendes que impediu a posse do ex-presidente Lula como argumento para barrar a nomeação de Moreira Franco. Aproveitou ainda para elogiar o voto anterior de seu colega, "decisão essa cujo conteúdo mostra-se impregnado do brilho e da profundidade de análise que são peculiares aos pronunciamentos de Sua Excelência nesta Suprema Corte."
A decisão de Celso de Mello deve encerrar a guerra de liminares judiciais contra Moreira Franco. Na manhã da quinta-feira 9, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, sediado em Brasília, derrubou decisão proferida pela primeira instância, que barrou o peemedebista.
No mesmo dia, duas liminares, uma assinada por um juiz do Amapá e outra por uma magistrada do Rio de Janeiro, voltaram a cancelar a posse. Ambas as decisões foram revertidas na segunda instância, mas o TRF da 2ª Região, entendeu que o ministro não deveria ter direito à prerrogativa de foro.
Com o novo status de ministro de Estado, Moreira Franco, o “Angorá” das planilhas da Odebrecht, só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal. Está livre, portanto, da jurisdição do juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância. A Secretaria Geral da Presidência da República havia sido extinta em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff.
Antes da mudança anunciada por Temer, Moreira Franco era secretário-executivo do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI), que continuará sob os cuidados de sua nova pasta, também responsável pelas secretarias de comunicação e administração, além do cerimonial da Presidência. 
A medida foi anunciada por Temer na mesma semana em que o STF homologou 77 colaborações premiadas de executivos da Odebrecht. Na pré-delação de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, o promovido ministro Moreira Franco foi citado mais de 30 vezes, acusado de ter recebido dinheiro para defender os interesses da empreiteira no setor aeroportuário.


Gilmar Mendes suspende nomeação de Lula como ministro da Casa Civil


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, cassou a nomeação de Lula como chefe da Casa Civil. Em decisões desta sexta-feira (18/3) à noite, o ministro entendeu que houve desvio de finalidade na nomeação do ex-presidente para o cargo de ministro, já que, segundo ele, a presidente Dilma Rousseff apenas fez isso para que eventual denúncia contra Lula seja julgada pelo STF, onde é o foro por prerrogativa de função dos ministros de Estado.
Com a decisão do ministro do STF, as investigações contra o ex-presidente Lula no âmbito da "lava jato" voltam para o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde corre a operação.
De acordo com Gilmar, a nomeação de Lula é um caso de “ilícito atípico”. É o caso de um ilícito que tem “aparência de legalidade”, “destoam da razão que a justifica, escapam ao princípio e ao interesse que lhe é subjacente”.
Por isso, discute o ministro, a presidente Dilma Rousseff, quando nomeou Lula, aparentou fazer o que lhe permite o artigo 84, inciso I, da Constituição Federal: nomear ministros de Estado. “Mas, ao fazê-lo, produziu resultado concreto de todo incompatível com a ordem constitucional em vigor: conferir ao investigado foro no Supremo Tribunal Federal.”
A decisão de Gilmar Mendes se deu em dois mandados de segurança, um de autoria do PPS, e outro, do PSDB. Ambos afirmam que Lula foi nomeado ministro com o único intuito de dar a ele prerrogativa de foro no Supremo.
“Não importam os motivos subjetivos de quem pratica o ato ilícito. O vício, o ilícito, tem natureza objetiva. A bem dizer, a comprovação dos motivos subjetivos que impeliram a mandatária à prática, no caso em tela, configura elemento a mais a indicar a presença do vício em questão, isto é, do desvio de finalidade”, escreve o ministro, nas liminares.
Para Gilmar Mendes, o “desvio de finalidade” foi justamente nomear Lula para um ministério com a intenção de deslocar o foro que irá julgá-lo criminalmente. “É muito claro o tumulto causado ao progresso das investigações, pela mudança de foro. E ‘autoevidente’ que o deslocamento da competência é forma de obstrução ao progresso das medidas judiciais.”

Leia mais aqui http://bit.ly/2mcK7Ww


E agora Gilmar Celso de Mello valida a nomeação de Moreira Franco

sábado, 18 de fevereiro de 2017

A Delação Escondida desde Março de 2016 Odebrecht

Marcelo Bahia Odebrecht

  • A Organização Odebrecht (ou apenas Odebrecht ou Grupo Odebrecht) é um conglomerado brasileiro de capital fechado que atua em diversas partes do mundo nas áreas de construção e engenharia, químicos e petroquímicos, energia, saneamento, entre outros.
A empresa foi fundada pelo engenheiro pernambucano Norberto Odebrecht, no ano de 1944, em Salvador, no estado da Bahia, e atualmente está presente em 21 países distribuídos por todo o Continente Americano, na África, na Europa e no Oriente Médio. Envolvida em escândalos de corrupção, tem seu principal executivo herdeiro do fundador, Marcelo Odebrecht, preso preventivamente e atualmente negocia com os Estados Unidos, Suíça e Brasil o maior acordo de leniência do mundo.

História:
  • O primeiro Odebrecht a chegar ao Brasil foi Emil Odebrecht. Ele veio em 1856, no auge da imigração germânica, para o Vale do Itajaí, em Santa Catarina. Engenheiro formado pela Universidade de Greifswald, na Prússia, participou ativamente da demarcação de terras, de levantamentos topográficos e da construção de estradas no sul do Brasil. Casado com Bertha Bichels, teve quinze filhos. Emílio Odebrecht, um de seus netos e pai de Norberto Odebrecht, foi um dos pioneiros no uso do concreto armado no Brasil.
Em 1918, Emílio Odebrecht, após cursar a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, transferiu-se para o Recife, cidade que se modernizava e se expandia com o desenvolvimento da economia canavieira. No ano seguinte, fundou no Recife sua primeira empresa, a construtora Isaac Gondim e Odebrecht Ltda. Em 1923, criou a Emílio Odebrecht & Cia., responsável pela construção de várias edificações no período entre guerras, nos estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia. Em 1926, transferiu-se para Salvador em busca de novas oportunidades.
  • Com o início da Segunda Guerra Mundial, os materiais de construção, vindos da Europa, tornaram-se caros e escassos, deflagrando uma crise no sector. Desgostoso, Emílio Odebrecht fechou a antiga empresa e retirou-se dos negócios.
Coube ao seu filho Norberto Odebrecht, nascido no Recife e formado pela Escola Politécnica da Bahia, substituí-lo e fundar a Construtora Norberto Odebrecht, na primeira metade dos anos 40. Em 2005, a empresa montou uma exposição na sede da empresa em Salvador com imagens e histórias da sua trajetória de sucesso nacional e internacional. É a maior empresa de construção civil do Brasil e indicada a uma das melhores para se trabalhar.

Cronologia:
  • 1944–1945: Norberto Odebrecht estabelece uma empresa de propriedade privada, o marco de fundação do Grupo Odebrecht. A empresa se torna a Norberto Odebrecht Construtora Ltda.
  • 1957–1965: Norberto Odebrecht paga todas as dívidas pertencentes a Emílio Odebrecht & Cia (empresa de seu pai). A empresa muda seu nome para a Construtora Norberto Odebrecht SA.
  • 1970–1973: É criada a Fundação Odebrecht, focado no fornecimento de prestações de segurança social aos trabalhadores da Odebrecht. Além disso, a Odebrecht compromete-se em grandes projetos de construção na região sudeste do Brasil.
  • 1979–1980: Odebrecht começa a se expandir internacionalmente e a diversificar seus negócios. CBPO se funde com o Grupo Odebrecht.
  • 1981: Odebrecht S.A. é criada.
  • 1990: Odebrecht entra no mercado dos EUA e torna-se a primeira empresa brasileira a ganhar um contrato do governo federal dos EUA.
  • 1999: Odebrecht concentra-se no desenvolvimento sustentável das micro regiões, no nordeste do Brasil e marca 40 anos de contribuições para a cultura e a arte brasileira.
  • 2000: Odebrecht é classificada como melhor empresa de engenharia e construção da América Latina e um dos 30 maiores exportadores de serviço do mundo pela Engineering News-Record.
  • 2002: Odebrecht estabelece a Braskem como a maior produtora petroquímica da América Latina. O grupo alcança o marco de 1.000 membros dentro de 25 anos de serviço.
  • 2004–2007: O Grupo Odebrecht celebra o seu 60º aniversário. ETH Bioenergia é criada para produzir etanol de açúcar, açúcar e energia.
  • 2013: Odebrecht junto com a EBX, empresa de Eike Batista faz parte do consórcio que irá administrar o Maracanã, pelos próximos 30 anos.
Estrutura do grupo:
  • A Construtora Norberto Odebrecht foi fundada por Norberto Odebrecht, em 1944, na cidade de Salvador, Bahia. Desde 2007, a Braskem S.A. investe no setor de Bioenergia, concentrada na produção de etanol e açúcar e na co-geração de energia a partir da produção de açúcar e álcool. A Tecnologia Empresarial Odebrecht, conhecida como TEO, é a base de todas as ações da organização, em quaisquer dos seus negócios. A Construtora Norberto Odebrecht é juntamente com a Vale, uma das duas multinacionais brasileiras com maior presença na África e no Oriente Médio, sendo que boa parte dos brasileiros que residem nestas regiões do planeta, são funcionários da companhia. Em Angola, a subsidiária Odebrecht Angola é a maior empregadora particular do país.
Ela é formada pela holding Odebrecht S.A., fundado em 1981, que administra a Construtora Norberto Odebrecht S.A., Foz do Brasil (Saneamento básico e tratamento de resíduos industriais), Braskem S.A. Petroquímica que é a maior empresa petroquímica da América Latina, a quinta maior do mundo, com exportações para 60 países em todos os continentes do mundo. Por receita a Braskem é a quarta maior das Américas e o décimo sétimo no mundo, Odebrecht Realizações Imobiliárias (controladora da Bairro Novo Empreendimentos Imobiliários Lda.), a Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura Lda. e a Agroindustrial (que atua na produção de açucar, etanol e energia elétrica, com participação acionária da japonesa Sojitz Corporation). A Odebrecht presta serviços de engenharia e construção na maioria dos países da América do Sul, na América Central, nos Estados Unidos, em Angola, em Portugal e no Oriente Médio.

Divisões:
A Odebrecht S.A. divide-se essencialmente nas seguintes subsidiárias:
  • Odebrecht Energia (energia) – investe, constrói e gerencia projetos do setor elétrico brasileiro e mundial, tais como usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares.
  • Odebrecht TransPort - Atua no setor ferroviário, rodoviário, de transporte urbano, de infraestrutura de logística (portuária e dutos) e aeroportuário. Proprietária da Super Via e Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários).
  • Odebrecht Engenharia Industrial (engenharia industrial) – constrói e monta instalações industriais no Brasil e no exterior, atendendo a clientes de uma gama de diferentes setores.
  • Odebrecht América Latina e Angola (América Latina e Angola) – lidera investimentos e obras nas regiões que serviram como pioneiros para uma expansão internacional da Odebrecht.
  • Odebrecht Venezuela – investe e conclui projetos nos setores de segurança de infra-estrutura, imobiliário, industrial, petróleo e gás, petroquímica e alimentos no país.
  • Odebrecht International – reúne membros de 65 nacionalidades diferentes, mantendo uma qualidade única padrão e respeitando as características únicas de cada região.
  • Odebrecht Óleo e Gás S.A. (óleo e gás) – explora e produz óleo e campos de gás, Opera plataformas e oferece serviços integrados para outras empresas do setor.
  • Odebrecht Realizações Imobiliárias S.A. (empreendimentos imobiliários) – desenvolve empreendimentos residenciais, empresariais, de comerciais e de Turismo.
  • Foz do Brasil S.A. – fornece água e serviços de tratamento de resíduos.
  • Odebrecht Agroindustrial -(ETH Bioenergia S.A.) – produz álcool combustível (etanol), energia elétrica e uso da cana de açúcar.
  • Cetrel S.A. – empresa de referência em serviços de engenharia ambiental no Brasil, fornece água, serviços de tratamento de resíduos, faz monitoramento do ar e oceânico, executa diagnósticos e remediação ambiental.
  • Braskem S.A. – produz matéria-prima de forma integrada, como etano, propano e cloro, e produtos petroquímicos segunda geração, como resinas termoplásticas.
  • Odebrecht Properties (Participações e Investimentos) – Proprietária majoritária com 90% do "Consórcio Maracanã". Responsável pela gestão, operação e manutenção do Complexo do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, pelo período de 35 anos. Ainda conduz operações em setores de infraestrutura diversificada, investe em transporte, logística, energia, outras arenas esportivas e irrigação.
  • Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros Ltda. - protege os ativos dos acionistas por identificação, mitigação e gerenciamento de riscos.
  • Odeprev – concebe e Opera planos de previdência complementar para os membros da Organização Odebrecht, preparando-os para a aposentadoria.
  • Fundação Odebrecht (Fundação) – promove a educação dos jovens para a vida, através do trabalho e para valores, bem como o desenvolvimento sustentável de cadeias produtivas.
  • Odebrecht Defesa e Tecnologia - criada em 2011, a Odebrecht Defesa e Tecnologia provê soluções inovadoras que contribuem para a autonomia tecnológica brasileira e das Forças Armadas por meio de projetos, tecnologias e produtos de alta complexidade de uso militar e civil
Operações:
  • As principais áreas de negócio são Engenharia & Construção, Indústria, Imobiliário e no desenvolvimento e operação de projetos de Infraestrutura e Energia.
O Grupo desenvolve e gerencia projetos de infra-estrutura, em colaboração com parceiros públicos e privados. Desde 2007 tem havido um maior investimento no setor de bioenergia, com base em açúcar, etanol e energia elétrica originada da biomassa. Além disso, a Odebrecht está envolvida nos negócios de petróleo e gás, coleta de lixo, bem como transporte e construção em Portugal e do sector imobiliário, agronegócio e de mineração em Angola.No total, o grupo possuí negócios em 21 países, alcançando quatro continentes.
  • No ano fiscal de 2009, o Grupo teve mais de metade de suas vendas no mercado interno. No entanto, a empresa é principal exportador de serviços, especialmente em outros países emergentes e em desenvolvimento. A Odebrecht fora do Brasil alcançou vendas principalmente no resto da América Latina e no Caribe (2009: 21,3%) e África (11,3%), especialmente nas ex-colônias portuguesas de Angola e Moçambique. Na América do Norte e na Europa em 2009 representavam apenas 5,1% e 4,0% respectivamente das receitas.
Problemas Legais:
Envolvimento com a Operação Lava Jato:
  • Em novembro de 2014, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Lava Jato, que envolveu buscas em grandes empreiteiras, como a Construtora Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e outras empreiteiras companhias. Além de corromper funcionários do alto escalão da Petrobras, foi descoberto indícios de cartel entre construtoras na agenda do executivo Márcio Faria, ligado à Construtora Odebrecht. Márcio Faria foi diretor da Construtora Norberto Odebrecht e, segundo os procuradores, era o representante do grupo no "clube vip" de empresas que apossaram de contratos bilionários da Petrobras entre 2004 e 2014. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, eram oferecidas vantagens indevidas, propina, para que funcionários da estatal não só se omitissem na adoção de providências contra o funcionamento do “clube”, como também para que estivessem à disposição sempre que fosse necessário para garantir que o interesse das cartelizadas fosse atingido.
No dia 8 de março de 2016, o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, foi condenado a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato. Na sentença de 234 páginas, o juiz Sérgio Moro destrincha os argumentos do MPF, das defesas dos executivos e as informações do Ministério Público suíço sobre contas controladas pela Odebrecht no exterior para concluir que Marcelo Odebrecht foi o “mandante” dos crimes praticados pelo grupo empresarial. Foram sentenciados com a mesma pena e pelos mesmos crimes no processo os executivos Márcio Faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Odebrecht. Também foram condenados os executivos César Ramos Rocha e Alexandrino Alencar, ligados à Odebrecht. Marcelo Odebrecht, Márcio Faria e Rogério Araújo estavam presos desde 19 de junho de 2015 quando foi deflagrada a Operação Erga Omnes, 14ª fase da Lava Jato.

Compra de banco estrangeiro para pagar propina:
  • Em 20 de junho, o delator da Operação Lava Jato Vinícius Veiga Borin afirmou a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que a Odebrecht, através de funcionários e terceiros, chegou a comprar a cota majoritária de um banco em Antígua, arquipélago no Caribe usado como paraíso fiscal, para operar recursos de propina no exterior. De acordo com Borin, foi movimentado US$ 1,6 bilhão no Meinl Bank Antiqua, sendo a maior parte dos valores ilícitos.Alvo da 26ª fase da operação, Borin foi representante no Brasil de dois bancos com sede na região e disse, em delação, que movimentava dinheiro no exterior a pedido de operadores ligados ao grupo. Borin trabalhou em São Paulo na área comercial do Antigua Overseas Bank (AOB), entre 2006 e 2010. 
Ele e outros ex-executivos do AOB se associaram a Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo Soares, então executivos do Departamento de Operações Estruturadas, nome oficial da central de propinas da empreiteira da Odebrecht para adquirir a filial desativada do Meinl Bank, de Viena, em Antígua, um paraíso fiscal no Caribe. A Odebrecht informou que não vai se manifestar a respeito das declarações de Borin. A empresa e os executivos negociam acordos de colaboração premiada com a Justiça.

Expropriação por parte do Equador:
  • O Poder Público do Equador expropriou a Odebrecht em setembro de 2008 (um aeroporto regional, dois projetos de energia hidrelétrica, com um valor total de US$ 800 milhões) e enviou tropas para evitar que os funcionários da empresa deixassem o país.
Projetos Sociais:
Fundação Odebrecht:
  • Ativa desde 1965 e inicialmente chamada de Fundação Emílio Odebrecht, a Fundação Odebrecht é uma das mais antigas fundações empresariais do mundo. Serve como braço social da Organização Odebrecht e é coordenadora do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade. A instituição está sediada no Baixo Sul da Bahia, onde é sua principal atuação.
Principais obras:
No Brasil
  • Arena Corinthians, São Paulo-SP;
  • Arena Pernambuco, São Lourenço da Mata-PE;
  • Aeroporto Tom Jobim, Rio de Janeiro-RJ;
  • Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro-RJ;
  • Metrô do Recife, Recife-PE.
  • Avenida Luis Viana Filho, Salvador-BA;
  • Avenida Contorno, Salvador-BA;
  • Bairro da Pituba, Salvador-BA;
  • Bairro do Caminho das Árvores, Salvador-BA;
  • Bairro de Villas do Atlântico, Lauro de Freitas-BA;
  • Estádio Cornélio de Barros, Salgueiro-PE;
  • Estádio Octávio Mangabeira, Salvador-BA
  • Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro-RJ;
  • Edifício da Petrobrás, Rio de Janeiro-RJ;
  • Ferrovia Transnordestina;
  • Linha 4 do Metrô de São Paulo, São Paulo-SP;
  • Rodoanel Mário Covas, São Paulo-SP;
  • Refinaria Abreu e Lima, Ipojuca-PE.
  • UHE Santo Antônio, Porto Velho-RO.
  • UHE Teles Pires, Divisa de Mato Grosso com Pará.
  • UHE Belo Monte, Altamira-PA.
  • Escolas municipais (UMEIs e EMEFs), Belo Horizonte-MG.
  • Parque Avenida, Belo Horizonte-MG.
  • Nos Estados Unidos
  • Miami-Dade Metrorail, Miami;
  • Conexão Miami Intermodal Center-Earlington Heights Station, Miami;
  • MIA Mover (transporte hectométrico), Miami;
  • FIU Stadium, Miami;
  • Aeroporto Internacional de Miami, Miami;
  • Adrienne Arsht Center (para artes de espectáculo), Miami;
  • I-40, Albuquerque;
  • The Ritz Carlton Hotel, Várias cidades dos Estados Unidos;
  • Key Biscayne, Condado de Miami-Dade;
  • Aeroporto Internacional de Orlando, Orlando;
  • American Airlines Arena, Miami;
  • Garcon Point Bridge, Condado de Santa Rosa;
  • SR 826 Palmetto, Miami;
  • Seven Oaks Dam, Mentone (Califórnia);
  • Merrill Barber Bridge, Condado de Indian River.
  • Em Portugal
  • Metropolitano de Lisboa, Lisboa.
  • Aproveitamento Hidrelétrico Baixo Sabor, Trás-os-Montes.
  • Em Angola
  • Usina Hidrelétrica de Laúca, Kwanza-Norte.
  • Hidrelétrica de Cambambe, Kwanza-Norte.
  • Usina Hidrelétrica de Capanda, Kwanza-Norte.
Veja a Lista Original da Delação da Odebrecht


Juiz Sérgio Moro

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Governo contrata dupla de youtubers para falar sobre nova reforma do ensino médio

Governo contrata dupla de youtubers para falar sobre nova reforma do ensino médio


Falar a linguagem jovem com certeza é coisa de youtuber e disso até o presidente Michel Temer sabe, pois convidou o canal Você Sabia? para explicar as polêmicas mudanças no ensino médio. 
No filme, que custou R$ 65 mil para a federação, Lukas Marques e Daniel Molo, dois jovens com mais de sete milhões de inscritos, defendem a reforma educacional em mais de sete minutos de vídeo. A abordagem positiva da alteração é tão grande que chega um ponto em que o apresentador diz “Se eu tivesse que fazer o ensino médio e soubesse dessa mudança eu ficaria muito feliz".
Em defesa ao anúncio encomendado pela Digital Star que gerou questionamentos na internet, Molo disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que "A gente já ia fazer um vídeo sobre o novo ensino médio. Como recebemos a proposta, decidimos aceitar".


Veja os Destalhes aqui >> http://bit.ly/2kGKKXm

Cinco polêmicas sobre a nova reforma do Ensino Médio

Cinco polêmicas sobre a nova reforma do Ensino Médio
Mariana Della Barba Da BBC Brasil em São Paulo


Direito de imagemGOVBAImage caption Falta de detalhamento sobre o projeto, ampliação da carga horária e flexibilização da grade dividiram especialistas
Algumas idas e vindas por parte do governo, comemorações, críticas e muita polêmica. Esse foi o saldo das primeiras 24 horas após o governo do presidente Michel Temer anunciar uma reforma do Ensino Médio no país.
O anúncio oficial foi feito na tarde de quinta-feira, quando o Ministério da Educação (MEC) divulgou um documento em que disciplinas que sempre figuraram nos boletins iriam passar a ser optativas: educação física, artes, filosofia e sociologia.
Com a reforma, apenas Português, Matemática e Inglês devem ser obrigatórias para o fim do ciclo (atualmente são 13), enquanto as disciplinas restantes serão escolhidas pelo aluno ou pela escola dentre cinco áreas de ênfase: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Formação técnica e profissional.
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Até a tarde de sexta-feira, o governo havia anunciado mudanças técnicas e voltado atrás em um ponto, afirmando que, por ora, essas matérias seguiam sendo obrigatórias. Assim, a mudança pode passar a valer em 2017.
Apresentada como uma medida provisória (MP), a reformulação já entrou em vigor mas, na prática, não há efeitos reais, já que ainda será analisada pelo Congresso, e seu conteúdo pode ser alterado por meio de votações na Câmara e no Senado. Esses procedimentos devem ocorrer em 120 dias ou a MP deixa de ter valor legal.
A BBC Brasil listou as principais polêmicas geradas pelo anúncio da reforma - que atinge escolas públicas e privadas - e conversou com especialistas em educação com diferentes opiniões sobre o tema.

1. A 'flexibilização' do currículo e as disciplinas que podem passar a ser optativas:
O MEC acredita que ao permitir que alunos e escolas possam escolher o aprofundamento em algumas matérias vai colocar o currículo do ensino médio mais em sintonia com as necessidades do aluno. "Os jovens poderão escolher o currículo mais adaptado às suas vocações. Serão oferecidas opções curriculares, e não mais imposições", disse, na quinta-feira, o presidente Michel Temer.
O diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, concorda: "Com as atuais 13 disciplinas, a verdade é que o aluno vê tudo e não vê nada. Com a mudança, haverá mais direcionamento para o que ele quer seguir, para seus interesses. Precisamos de um currículo que dialogue com o mundo juvenil e que seja mais direcionado, em conformidade inclusive com o endereço do estudante."
No entanto, o coordenador Geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE), Daniel Cara, as medidas criam uma cortina de fumaça para o cerne do problema.
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Direito de imagem PR Image caption Durante o anúncio, Michel Temer afirmou que agora "os jovens poderão escolher o currículo mais adaptado às suas vocações"

"Essa reforma é uma falácia, porque não resolve as questões estruturais, como a formação de professores e pontos que eram demandas dos estudantes que ocuparam as escolas, como a redução do número de alunos por classe. De nada adianta ênfase em exatas ou humanidades, se o professor for mal preparado, se não houver recurso", afirma.
Além disso, ele questiona a flexibilização de algumas matérias: "Artes, educação física, filosofia ou sociologia têm de ser obrigatórias. Sem elas, não há formação completa de um cidadão".
2. Carga horária ampliada:
Segundo o plano proposto, gradualmente, as escolas passarão a ser integrais, passando a carga horária de 800 para 1.400 horas anuais. Assim, os alunos passarão a ficar sete horas por dia na aula.
Defensores da ampliação da duração das aulas afirmam que ela é eficiente quando embasada um projeto pedagógico sólido. Pernambuco, por exemplo, vem investindo na educação em período integral aliada a outras apostas, e obteve melhora nos índices educacionais.
Mas, na opinião de Daniel, de nada adianta ampliar a quantidade de horas sem qualidade. "Uma carga horária de cinco horas ruim - como já acontece - fica ainda pior se for de sete horas. Haverá um desinteresse ainda maior por parte dos alunos, especialmente ao se tirar as disciplinas que eles tendem a gostar, como educação física e artes."
O governo reiterou que essa mudança será bastante lenta e gradual e que não há metas para a essa implementação.
3. Medida Provisória: ação necessária ou 'canetada'?
O fato de as reformas terem sido feitas via MP foi outro ponto polêmico: de um lado, há quem acredite que os péssimos índices no Ensino Médio exigiam uma medida urgente, enquanto, de outro, há a defesa de que uma mudança dessas exige um debate maior.
"Na prática, a MP foi uma maneira para colocar em prática o projeto de lei (PL 6840), que tramita desde 2013. Se esperássemos, esse projeto poderia ser implementado só em 2019. Já houve debate demais, já esperamos tempo demais", afirma Mozart, do Instituto Ayrton Senna.
Já na opinião de Daniel, a MP foi uma "canetada perigosa".
"Em nenhum lugar do mundo uma reforma dessa envergadura é colocada em prática dessa forma. Na Austrália se levou dois anos, na Finlândia, 10. É preciso um debate sério, é preciso ouvir professores e alunos. A MP é autoritária, permitindo que o Executivo aja como um superlegislador. Houve pressa para atender a demandas de grupos educacionais."
4. Primeiro passo ou confusão e despreparo?
As idas e vindas por parte do governo e a falta de detalhamento em fatores como quando exatamente as medidas devem de fato entrar em vigor e quem vai bancá-las provocou polêmica entre os especialistas.
Direito de imagem AGENCIA BRASIL Image caption Para especialista, demandas de secundaristas que ocuparam escolas não foram ouvidas


"É preciso ter em mente que a MP é apenas um primeiro passo. Agora, precisamos ficar atentos para os próximos, especialmente a articulação com os estados, algo muito desafiador", afirma Mozart. "É claro que o MEC falhou, podia ter divulgado um documento melhor, mais claro. Mas é uma reforma promissora, estou otimista."
Daniel, no entanto, afirma que as idas e vindas do governo em apenas um dia mostram a "fragilidade total da reforma".
Uma outra potencial confusão apontada por analistas está no fato de as escolas não serem obrigadas a oferecer as cinco ênfases previstas. Movimentos estudantis já estão questionando esse ponto - entre outros - já que ele poderia obrigar um aluno que quer se focar em Linguagens, por exemplo, a mudar de escola, caso a sua não ofereça essa ênfase. Para os alunos, isso poderia levar a um entrave semelhante aos problemas que enfrentaram no ano passado, com a proposta reorganização da rede.
5. Como exatamente as alterações serão financiadas e em qual prazo?
O MEC nega que as mudanças implicarão em mais gastos para os Estados, afirmando que o grosso dos recursos para se colocar em prática as mudanças será repassado pelo próprio Ministério.
"Basta olhar de perto para ver que não vai ter dinheiro para implementar mudanças como a da carga horária, especialmente quando se olha o que está sendo proposto na PEC 241, que limita os gastos nessa área", afirma Daniel, em referência à Proposta de Emenda à Constituição que trata da limitação dos gastos públicos, integrando as novas medidas econômicas do governo de Michel Temer, inclusive no setor educacional.
Na rede privada, representantes já disseram que haverá aumento na mensalidade para se bancar mais horas/aulas, por exemplo.
Até o momento, está claro que apesar de a MP ter efeito imediato, as medidas devem ser debatidas e estarem definidas "em meados de 2017", segundo o governo. Assim, devem entrar em vigor de fato no ano letivo de 2018.

Via BBC Brasil