domingo, 16 de abril de 2017

Suplente "do acaso" assume vaga se Taques for eleito

O suplente de Taques é nordestino de Caicó, 
formado em Matemática e Direito, e presidente 
do PPS de Rondonópolis

Por: JORGE MACIEL
Fonte: Diretor de Redação

Perto de quatro anos da sua primeira eleição, o senador Pedro Taques (PDT), candidato à sucessão estadual, teve muitas coisas em mente e tarefas no Congresso Nacional, mas nunca se interessou em apresentar aos seus eleitores o seu primeiro suplente no Senado.
Ele é José Antônio Medeiros (PPS), um patrulheiro rodoviário de 44 anos, nascido em Caicó (RN), com aparência juvenil, que nunca exerceu cargo público eletivo. Caso Taques seja eleito governador, Medeiros será contemplado com a posição de senador por Mato Grosso, sem que tenha feito, na campanha, em 2010, uma só visita aos eleitores dos municípios Estado, exceto pequenas concentrações e comícios em Rondonópolis, onde reside.
O primeiro suplente, “um sonoro desconhecido e um suplente do acaso” – como propriamente se define, se assusta com a possibilidade, confirmada a eleição de Taques, ter que se ater com medalhões da Casa, como Pedro Simon e Paulo Paim (RS), Roberto Requião (PR) Aloísio Nunes (SP), Fernando Collor (AL), Jarbas Vasconcellos (PE), Romero Jucá (RR), na atualidade, ou por onde passaram Bernardo Cabral, José Serra, Tasso Jeressati, Darci Ribeiro entre tantos.
_“Não lembro bem como fui parar na chapa”, disse ele ao O DOCUMENTO na manhã desta quarta-feira 6, frisando que iria com segurança pois “acredito na renovação e na ideia de que o Senado precisa de uma oxigenação”.
O suplente do senador Taques exerce atualmente a presidência do PPS em Rondonópolis, é formado em matemática e Direito e tem a educação com principal bandeira. “Quero trabalhar para que a educação seja priorizada na marcha de desenvolvimento do Estado com o agronegócio”, afirmou ele.
José Antonio Medeiros chegou à condição de primeiro suplente ao Senado por indicação do atual prefeito Percival Muniz (PPS) em uma situação complicada e com distensões internas que levaram a chapa do Senado/2010, encabeçada por Taques, com o empresário Paulo Fiúza (PV), como primeiro suplente, e José Antônio (PPS), como segundo suplente, às barras da justiça. Na verdade, Medeiros substituiu Zeca Viana (PDT), que desistiu de figurar no bloco, na época.

Policial rodoviário aguarda com ansiedade a posse

Quando foi feito o registro na justiça eleitoral aconteceu um detalhe, tido depois como descuido, grave: Antônio de Medeiros foi registrado como primeiro suplente e não Paulo Fiúza, que foi para o rodapé da chapa. Na ocasião, Fiúza bufou fogo, foi procurar seus direitos, mas perdeu em primeira esfera judicial e terminou desistindo da luta. José Antonio Medeiros foi oficializado primeiro suplente, então, é, legalmente, o “sucessor” de Taques no Senado. Nestes três anos, nunca foi mencionado e não assumiu o cargo em nenhuma ocasião.

Reforma política/ Suplência

Tramita no do Senado a proposta de emenda à Constituição para desmembrar a candidatura de suplente de senador da candidatura do titular. No ano passado, a proposta que reduzia o número de suplentes de senador (PEC 37/11) foi rejeitada. A proposta, de autoria do senador José Sarney (PMDB-AP), ainda proibia a eleição para suplente de cônjuge ou parente consanguíneo ou afim do titular do mandato, até o segundo grau ou por adoção.

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