domingo, 16 de abril de 2017

A fraude no documento e a falsificação em favor do Jose Medeiros

Ata da convenção do PSDB teria sido fraudada para tirar 
Fiúza da primeira suplência de Pedro Taques.

Da Redação
Nortão Noticias

Após ser inquirido pelo Juiz José Luiz Braszak, membro do TER/MT e relator do processo nº 794.2001.611.0000, o suplente de senador Paulo Fiúza, em manifestação enviada à Justiça, declarou que não reconhece como autêntica a ata de alteração de candidaturas a qual além de ter sido fraudada, teve também várias assinaturas falsificadas conforme laudo pericial.
A intimação de Fiúza pela Justiça Eleitoral deve-se em decorrência de uma ação movida pelo ex-candidato Carlos Abicalil na época, que ao tomar conhecimento das “falcatruas“ acionou o judiciário para tentar caçar o registro de candidatura de Pedro Taques e seus suplentes.
Segundo declarações de Abicalil, a ação foi impetrada a partir de declarações do presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, feita em 2010, de que a ata poderia ser falsificada. Na hipótese de a ação ser deferida, Abicalil seria o substituto natural, já que ficou em terceiro lugar, atrás de Blairo Maggi (PR) e de Pedro Taques (PDT).
Na ação, consta que a coligação teria mantido a última página, onde estariam as assinaturas de Taques e de seus suplentes, e mudado as primeiras folhas. No documento original, Fiúza seria o primeiro suplente e Medeiros, o segundo. Porém, na ata supostamente falsificada, Medeiros aparece na primeira suplência
Na ocasião, o caso gerou polêmica. Medeiros chegou a afirmar ter sido ameaçado por uma pessoa supostamente ligada ao segundo suplente e obrigado a assinar documentos que autorizavam a Justiça Eleitoral de Mato Grosso a fazer uma "troca" das suplências. Fiúza por sua vez, nega que teria praticado tal ameaça. Prova disto seria o senador Pedro Taques e o deputado Valtenir Pereira.
Em entrevista ao Nortão Notícias na tarde de quinta-feira (07), Paulo Fiúza declarou que a fraude na ata partiu de membros das direções partidárias da coligação “Mato Grosso Melhor Pra Você” (PSB, PPS, PDT e PV) e seus advogados, que estavam encarregados pela documentação da campanha majoritária de 2010 e que um dos motivos disto teria sido tirá-lo da primeira suplência de Pedro Taques na chapa majoritária. “Desde o primeiro momento que fui convidado para fazer parte da chapa de Pedro Taques era para ser candidato a primeiro suplente. Tanto é que nas atas da convenção do PV consta que o partido indicaria o primeiro suplente e que o PDT indicaria o segundo suplente de senador, já nominado Zeca Viana. Ocorreu que nas últimas horas, na correria, foram invertidos os suplentes, ficando Viana em primeiro e eu em segundo. Na ocasião, em reunião estavam presente além do Paulo Taques, o próprio Pedro Taques, Aluízio Leite e Estopa do PV, Mauro Mendes, Percival Muniz, Otaviano Piveta, Zeca Viana, o Dorte (José Carlos Dorte) representante da Coligação. Naquele momento solicitei que esse erro fosse concertado e Paulo Taques disse que faria isso. Neste ínterim o Viana decidiu renunciar a candidatura de segundo suplente a senador e ser candidato a deputado estadual. Diante disso foi feito uma nova ata pedindo a Justiça para que eu passasse a primeira suplência e indicando o segundo suplente Medeiros (José Antônio Medeiros)” na vaga aberta, declarou.

A descoberta da Fraude:

Segundo Fiúza, ele descobriu que tinham ocorrido as falsificações das assinaturas e adulteração da ata de convenção após ter recebido a mesma, por e-mail, do escritório do advogado Paulo Taques. “Ao comparar as atas descobri que algumas assinaturas foram adulteradas. Procurei algumas pessoas que tinham nomes no documento e constatei o ocorrido, já que vários deles também não tinham assinado. Na época solicitei uma perícia criminal e foi constatado que as assinaturas eram falsas. Todas as pessoas da nossa coligação tiveram conhecimento disto já que tiveram acesso ao laudo pericial”, declarou o suplente. “
Apesar do escritório do advogado Paulo Taques, homem de confiança do senador Pedro Taques, ter sido o responsável pela organização jurídica da documentação da coligação, dentre os quais ocorreram às falsificações das atas, Fiúza não acredita que o senador teve envolvimento nas falcatruas. “Acredito que ele (Pedro Taques) não tem participação nenhuma neste episódio. Isto aí deve haver outros interesses, de outros partidos, ou pode ter sido um erro ocasional, ou naquela pressa, como disse o advogado do Pedro Taques, que uma assinatura, duas ou três erradas não tem problema. Agora eu não penso assim. Uma assinatura errada, uma rubrica falsificada o documento todo está comprometido”, declarou.
Segundo Fiúza, a primeira ata, mesmo errada quanto a ordem dos nomes nas vagas de suplentes onde ele figurou em segundo, estava correta com todas as assinaturas. “Na segunda ata, onde houve as substituições dos nomes é que houve a falcatrua”, esclareceu. Além de falsificar assinaturas o texto da ata foi adulterado, mediante a exclusão do item nº 06 do texto:[Pedido de encaminhado pelo candidato a segundo suplente de Senador, senhor Paulo Pereira Fiúza Filho, manifestando se interesse em concorrer ao cargo de Primeiro Suplente de Senador na vaga abertas com a Renúncia do senhor José Antonio Gonçalves Viana] “Eu não posso compactuar com uma fraude. Eu nunca me manifestei publicamente sobre esse assunto, mas fui forçado a isso pela ação judicial. Então eu não iria me defender dizendo que aquilo estava tudo certo, porque não está”, disse Fiúza.

Fraude também atingiu outro registro de candidatura

Com a desistência do então candidato a senado na época, Aluízio Leite (PV), na chapa de Pedro Taques (PDT), o novo candidato substituto Naldo da Silva Lopes (PV), também teve a assinatura falsificada no requerimento de registro de candidatura enviado ao TRE/MT época.
Ele negou ter tido qualquer envolvimento e conivência com o ocorrido na época e por conta disso dispensou os advogados que estavam cuidando da documentação da candidatura por suspeitar envolvimento dos mesmos no esquema.

Interesses Escusos 

Por traz de toda tramoia arquitetada por caciques políticos e advogados para tirar de Fiúza a vaga de primeiro suplente, fica claro que esta é um acordo político para a eleição de 2014, onde o senador Pedro Taques é nome certo na disputa pelo governo do estado. Para manter o apoio de PPS e Muniz a vaga de primeiro suplente deveria mesmo ficar com Medeiros (PPS) que poderá assumir por algum período.
Contudo, na época Fiúza era um nome estratégico para o projeto político do Senador, já que era de Sinop e do Nortão, um importante colégio eleitoral ao qual Taques não tinha praticamente acesso, já que antes da campanha eleitoral se quer conhecia a região.
Daí prometeram a primeira suplência ao empresário mais, nos bastidores, deram um jeito de passar uma rasteira em Paulo Fiúza, adulterando a Ata a provocando toda essa celeuma.

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